A Brasil Game Show abre hoje as portas de sua edição 2014, com muitas novidades e atrações para os apaixonados pela linguagem dos jogos digitais. O espaço da feira conta agora com espaço de cinco pavilhões, área extremamente superior à ocupada pelo evento em 2013, ocasião em que também já havia duplicado em relação ao ano anterior, o que denota a confiança do empresário,justificada em parte pela presença de personalidades como Ed Boom, criador da série Mortal Kombat; Chance Glasco, de Call of Duty, e os programadores Dmitriy Pobegaev e Pavel Vahrushev, do game Tanki Online, entre outros.
O Play’n’Biz resgatou um bate papo realizado com o homem da BGS no ano passado, quando foram abordados temas menos relacionados à feira e mais voltados ao mercado nacional de games. Na ocasião, Marcelo Tavares apresentou sua visão otimista e empreendedora para o desenvolvimento de jogos no Brasil, afirmando que o país tem francas condições para tornar-se um grande exportador de jogos, a exemplo do que já vem ocorrendo, com os games previstos para aportar na plataforma PS4, como Toren, da Swordtales, e Chroma Squad, da Behold Studios.
Acompanhe a breve entrevista com o organizador da BGS e, se puder, participe do evento.
Play’n’Biz – Ainda que o mercado esteja se consolidando, pouco tem se falado a respeito da Cultura de Games, um pensamento necessário para se entender a mídia como expressão cultural e artística contemporânea. De que forma eventos como a BGS podem contribuir para esse processo?
Marcelo Tavares – A BGS é uma ferramenta muito importante para projetar o Mercado de Games no cenário nacional e até mesmo internacional, em todos os aspectos. O Evento já contou com a presença de cerca de muitos profissionais da Imprensa do Brasil e exterior, o que resultou em uma ampla cobertura da Feira e uma excelente difusão da Cultura Gamer para o público em geral.
P’n’B – Quais são os desafios a serem vencidos no país para que nos tornemos uma potência na criação de jogos e no mercado de games?
MT – Os principais desafios do Brasil são a redução da pirataria, a redução no preço de jogos e consoles e também o incentivo à produção local, para que o país possa aproveitar todo o potencial da indústria criativa de videogames e deixe de ser predominantemente importador para também exportar games “made in Brazil”.
P’n’B – Governo e iniciativa privada podem contribuir de alguma forma para o crescimento dos games como mercado, cultura e desenvolvimento local de jogos?
MT – Sim, seria extremamente positivo se o Governo pudesse contribuir ainda mais para a redução no preço praticado na venda de consoles, jogos e acessórios no país. Além disso, acredito que o Governo poderia conceder incentivos e benefícios Fiscais para as empresas desenvolvedoras de jogos brasileiras e até mesmo para empresas estrangeiras que desejarem se instalar no país. É também muito importante o trabalho da iniciativa privada na promoção da Indústria de Games, na redução de preços e também na conscientização do mercado consumidor, buscando uma migração cada vez maior dos jogadores para o mercado oficial.
A BGS 2014 acontece entre os dias 08 a 12 de outubro e, de acordo com as expectativas da organização, deverá receber mais de 250 mil visitantes ao longo deste período para conhecer os cerca de 180 expositores do evento. Empresas como Sony, Microsoft e Warner deverão ser os grandes destaques da feira, que não receberá este ano expositores de porte como Nintendo, Riot e Level Up. Outro destaque fica por conta do espaço inaugurado nesta edição especialmente voltado aos desenvolvedores nacionais, o Pavilhão Indie, que apresentará jogos como Aritana e a Pena da Harpia, do estúdio paulista Duaik.
Ainda existem ingressos a venda para determinados dias e os interessados devem correr para garantir a diversão.
Serviço:
Brasil Game Show 2014
Data: 08 a 12 de Outubro
Local: Expo Center Norte – Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme – SP
Imprensa e Negócios: 08 de Outubro, das 13h às 21h
Público: 09 a 12 de Outubro, das 13h às 21h
Informações: www.brasilgameshow.com.br.
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