Brasil Game Show deixa saldo de desafios aos organizadores para 2015

A Brasil Game Show 2014 foi um sucesso, com presença maciça do público ao longo do sábado pré-Dia das Crianças (mais do que em outros dias) e muitos lançamentos de empresas como Sony e Microsoft para seus respectivos consoles, entre outras. No entanto, findas as atividades da feira no último domingo, a organização deve se debruçar sobre as muitas questões polêmicas que marcaram a edição 2014, com os problemas surgidos no espaço para indies brasileiros, os desencontros na administração com a presença de Youtubers e outras surpresas que, se não tiraram parte do brilho da exposição, trouxeram inconvenientes pontuais que podem e devem ser suprimidos para as próximas edições.

Acervo de Consoles: Atendimento adequado ao público alvo

Acervo de Consoles: Atendimento adequado ao público alvo da feira

Como já observado anteriormente aqui no Play’n’Biz, a relação com os desenvolvedores nacionais foi pontuada de problemas localizados, como a impossibilidade de usar o Pavilhão Business para encontros de negócios e a falta de uma atenção especial para o Pavilhão Indie, que converteu-se em grande vitrine midiática desse ano, mas sofreu com a má localização e situações inesperadas com infraestrutura local. Paralelamente, houve tumulto parcial com a presença de Youtubers nos dias da feira e, segundo opiniões gerais, a falta de cuidado com o atendimento a essa programação gerou dificuldades para a aproximação de uma expressiva parcela dos visitantes jovens da feira que buscava contato com seus ídolos virtuais. Em desabafos nas redes sociais e em reportagens à mídia, alguns desses criadores de conteúdo digital não poupavam reclamações quanto à falta de segurança para eles e seus fãs e de estrutura adequada para o atendimento à massa de público presente ao evento.

Marcelo Tavares - Desafios para 2015

Marcelo Tavares – Desafios para 2015

Na mesma linha, profissionais da comunicação comentaram tribulações e aborrecimentos com o sistema de credenciamento, que não diferenciava os veículos e seus profissionais, o que fazia com que jornalistas credenciados tivessem que esperar nas filas para adentrar o espaço expositivo ou para a experimentação das novidades da feira, além de eventuais impedimentos para filmar e fotografar palestras.

Espaços como a área dedicada a Arcades de jogos e a exposição da Evolução dos Consoles (apresentação bem organizada, embora simples, de parte do impressionante acervo pessoal de Marcelo Tavares) são soluções criativas e bem vindas ao atendimento do público alvo da feira, mas denotaram com clareza uma necessidade emergencial de operacionalizar soluções para os espaços abertos resultantes da ausência de empresas que optaram pela exposição de suas marcas em diferentes eventos realizados este ano como a XMA, o Epic Play, a Rio Game Play e SBGames.

A despeito destas questões, a organização pode comemorar a realização de um evento que acertou na decisão de não oferecer a venda de ingressos no local (o que evitou grandes tumultos) e a criação de um confortável espaço para refeiçoes, com vários fornecedores e muitas mesas à disposição do público, evitando contratempos e desgaste adicional. Para 2015, se a organização souber antever os gargalos de produção e aproximar-se dos desenvolvedores nacionais para dar visibilidade e condições mais adequadas à exibição da excelente produção de jogos ‘Made in Brazil’, para usar a expressão de Marcelo Tavares, criador da feira, o resultado da BGS pode ser laureado de elogias e grandes perspectivas.

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