Game distópico em 3D apresenta locações brasileiras, como a Avenida Paulista e o Museu de Arte de São Paulo

O Brasil tem se tornado celeiro de produções de games com apresentações visuais e gameplay a cada dia mais elaborados, a exemplo de jogos como Toren, Tormenta – O Desafio dos Deuses, Cangaço ou a Saga do Pé Vermelho. Em Osasco, na Grande São Paulo, um grupo de profissionais de programação e game design iniciou a produção de um novo projeto, voltado a apresentar as belas imagens do panorama brasileiro, com Infiny, The Game.

Francisco Isidro - TekSchool

Francisco Isidro – TekSchool

O projeto, capitaneado pelo Prof. Francisco Isidro Massetto, docente na Universidade Federal do ABC, também pesquisador e programador, é a primeira investida autoral da equipe da TekSchool, escola voltada a programação e jogos digitais, em parceria com outros profissionais da área e explora a ambientação tipicamente brasileira para desenvolver as ações da saga de Agatha, a protagonista do game. “É o primeiro Game 100% brasileiro em 3D com cenários de regiões do país”, afirmou Francisco Isidro. “Seu concept-art é todo feito com hiper-realismo e radiosidade pré-renderizados em tempo de criação”, explica, informando que o efeito de radiosiade não será aplicado em runtime, o que deverá agilizar a renderização do game. O jogo está sendo produzido integralmente em Java e pretende ser um projeto multiplataforma, para Mac, Linux, Windows, Web, Android e IOS. Embora apresente belas imagens, vale ressaltar que o projeto não é a primeira iniciativa nacional a concentrar modelagens em 3D e cenários nacionais, mérito que coube a Incidente em Varginha, desenvolvido pela Perceptum, em 1998..

Infiny_ImagensPara a produção, Isidro conta com uma dupla de profissionais dedicados, elaborando as diversas frentes de produção do game, com Takashi Yamauchi Filho, designer 3D, com mais de 20 anos de experiência em modelagem e desenho, Rodrigo de Almeida Garcia, programador sênior especializado em Games e softwares interativos, e a participação e apoio de Bruno Souza, “Javaman” brasileiro e presidente do Instituto Campus Party, Patrick Curran, presidente da JCP.org, Carlos Alexandre “Xandelly”, presidente da OverBR e Moacyr Alves, presidente da Acigames, que dão suporte ao ambicioso projeto. A produção conta ainda com a participação indireta de Tom Ski. “Nosso ‘Mestre Jedi’ da Asidik, no Reino Unido”, brinca o idealizador do game.

ConceptsComo é comum em produções de grande porte, muitos são os desafios a serem superados pela equipe, da criação e elaboração do projeto à monetização da empreitada, que o grupo tem conseguido contornar com empenho profissional e criatividade. “A quantidade de testes que realizamos não foi fácil. Nossos modelos em FBX não estavam renderizando corretamente”, afirmou o professor. “Quando renderizamos objetos separadamente, por algum motivo que ainda desconhecemos, a origem (pivô do objeto) fugia do ponto e a rotação começava a ser comprometida”. A solução foi encontrada após muitas rodadas de testes e renderizações. “Estamos quebrando a cabeça com todas as possibilidades para gerar corretamente os cenários, os personagens, e conseguirmos dar o próximo passo”, ressaltou. “Temos certeza que as coisas irão dar certo, nem que tenhamos que refazer algumas partes”, concluiu.

O jogo, que ainda não tem data determinada para finalização e comercialização, segue em produção e mantém um registro regular do processo de trabalho no ‘diário de bordo’ Infiny the Game: Blog (de onde foram retiradas algumas informações para este artigo). A equipe, que apresentou o projeto na Campus Party com ótima receptividade de público, pretende levar a realização para captação de investimento público através do Kickante. De acordo com o professor, em breve, serão apresentadas novidades sobre o assunto.

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