Candidato a Deputado Federal defende uso de Games na Escola e como Indústria Nacional

Não é novidade para os eleitores que a classe política anda cada vez mais desacreditada no país e que parecem faltar pessoas com fibra e valores sólidos para efetuar as mudanças necessárias a recolocar o Brasil nos eixos. Quando o assunto envolve jogos digitais a questão ganha dimensões oníricas, já que a pauta parece desinteressar dez em cada dez políticos, que ainda enxergam os games como coisa de moleques, sem atentar para as potencialidades da linguagem no campo educativo, profissional e no aprimoramento da economia criativa nacional.

Também descontente com esse quadro, o professor Eddy Antonini, conhecido nos meios digitais como Stargazer, decidiu arregaçar as mangas e sair candidato em favor de plataformas educacionais mais consistentes envolvendo a cultura de games e propostas capazes de colocar o tema na ordem do dia da política brasileira.

EddyEm uma longa entrevista concedida ao Play’n’Biz, o professor-candidato busca convencer o eleitor que é uma aposta diferenciada e qualificada no mar de mediocridade e mesmice das atuais eleições e do momento político vivido no Brasil. Entre muitas informações interessantes e opiniões que parecem ir na contramão do pensamento médio da classe política, o professor, que leciona para o público adolescente na ETEC de Itapeva, São Paulo, não esconde que a desacreditada política é um dos caminhos mais difíceis na atualidade para conquistar as tão necessárias mudanças. “Quando a gente é candidato toma mais paulada que elogio“, confidenciou numa troca de mensagens via inbox, para concluir reafirmando seu compromisso: “Mas agora que já entrei, vou me jogar de cabeça até ter um resultado positivo”.

Confira a entrevista completa e, se achar pertinente, converse com o candidato, que está disponível a quaisquer contatos e informações.

Playn’Biz – Muitas de suas propostas versam pelo uso de games em várias esferas sociais. De onde vem essa convicção que games podem ser benéficos educacional, social, profissional e politicamente?
Eddy Antonini  – Parte vem de minha experiência pessoal, de gamer desde criança. Trata-se da famosa frase: “Aprendi muito inglês jogando videogame”, no qual destaco que comigo os grandes responsáveis foram as franquias Final Fantasy e Phantasy Star.
Claro que estamos falando apenas de um fator, algo que por acaso aconteceu e não foi planejado pelo desenvolvedor do jogo.

A outra parte é que o videogame é uma mídia muito sedutora que, inclusive, depende do protagonismo do consumidor. Não é a toa que é a maior indústria de entretenimento do mundo, pois o usuário controla o que vai acontecer e não é apenas um espectador. Há um grande engajamento por parte dos jovens atá seus 35 anos no videogame.

Eddy em vídeo de campanha no YouTube

Eddy em vídeo de campanha no YouTube

Desta forma o jogo se torna no vetor da mensagem que queremos passar, seja ela o conhecimento da sala de aula, conceitos sociais, treinamento profissional ou qualquer outra forma de engajamento. Além disso, como se trata de uma mídia interativa, ela não se restringe a exemplos e pode simular de forma mais real uma atividade específica. Por exemplo, em um curso de eletrotécnica podemos ter simulado o desenvolvimento de uma fábrica, onde o herói (o aluno) recebe missões que tratam de manutenção preventiva e corretiva, por exemplo. Ele tem o dia-a-dia da fábrica simulado em um ambiente seguro livre de acidentes onde ele pode errar sem risco de vida.
Acrescento que é uma plataforma naturalmente multimídia, pois temos texto, áudio, imagens e vídeos em uma plataforma só.

P’n’B – Quando trata de jogos na educação, o Sr. usa exemplos como Civilization no quesito histórico e Just Dance nos intervalos e recreios. São propostas básicas e comuns, relativamente óbvias ao tratar do caráter educativo com o uso dessa linguagem. Há outros exemplos que possa apresentar?
EA – Além de jogos mais textuais levarem o jovem a aprender inglês, jogos como Carmen Sandiego trabalhavam mais abertamente com conhecimentos gerais. Um God of War desperta a curiosidade sobre mitologia grega e por aí vai. Só que esse fenômeno é apenas a ponta do iceberg.

O que realmente podemos fazer é desenvolver os jogos de forma que eles sejam potencializados no poder educativo. Isso vai desde um time de desenvolvedores com psicólogos e pedagogos para criar um jogo atraente com um conteúdo adequado até o desenvolvimento de uma plataforma de educação mais complexa que não seja um jogo, mas herde a linha de pensamento de um, onde o aluno, com o auxílio do professor em sala de aula, descubra e escolha o próprio caminho de como ele vai aprender.

É como se, no dia a dia da aula, o aluno ganhasse pontos de experiência toda vez que demonstrasse que entende e aprendeu um conteúdo, destravando o conteúdo à frente. Caso ele não se adapte àquela forma de didática, no próprio sistema ele pode escolher outro tipo de explanação que seja mais adequada ao tipo de raciocínio que ele tem. Desta forma o aluno aprende pelo prazer de progredir e não mais para passar na prova e não reprovar.

Esse sistema também não seria criado do dia para a noite. Ele envolve um desenvolvimento igual a de um jogo, que sabemos que é uma tarefa multidisciplinar bem complexa. Quando terminada valeria a pena, pois o professor, inclusive, teria a oportunidade de se relacionar com o aluno de uma forma mais saudável. Ele deixaria de ser uma autoridade detentora do conhecimento e passaria a ser um companheiro de jornada do aluno.

Eu gostaria de deixar claro que não é simplesmente colocar um jogo na escola. O que acontece é que a mecânica de como um jogo funciona, o motivo pelo qual ele seduz a pessoa a continuar, é usada para ensinar. Colocando em uma frase única e simplificando o conceito, “criamos um grande jogo do aprender, instigante como um videogame, porém enriquecedor como a escola”. Nós não podemos colocar um jogo só porque o jogo é uma plataforma instigante e o jovem gosta e se identifica. Nós temos que preparar um material novo que tenha como função ser uma ferramenta dentro da escola.

Chamadas de papo em vídeo ao vivo, que mescla jogos com ideias de campanha do candidato

Chamadas de papo em vídeo ao vivo, que mescla jogos com ideias de campanha do candidato

P’n’B – Com tantos problemas sociais como a miséria ainda existente no país, a corrupção em nível elevado, saúde, segurança e outros temas, porque games parecem ser um assunto relevante para o eleitor?
EA – O mais básico dos motivos é que games são entretenimento e o entretenimento é importante ao ser humano. A pessoa para ser saudável não pode apenas trabalhar e dormir. A atividade lúdica diminui os níveis de stress e permite que o cidadão possa ser uma pessoa mais disponível e engajada para a sociedade em que ela vive.

Outro é que o game, como expliquei na pergunta anterior, funciona como um transmissor de ideias. A maioria das aventuras que vivemos nos jogos nos mostra que devemos lutar pelo que acreditamos. O protagonista do jogo costumeiramente é a pessoa que quer fazer o certo, por isso que ele é até chamado de herói. Mesmo em narrativas mais escuras, onde temos um anti-herói ou um vilão como protagonista esta mensagem está inserida. O game é capaz de despertar na pessoa a vontade de corrigir o errado, pois inspira.

A minha proposta não é baseada apenas em games, a outra metade dela fala muito de educação. As minhas ideias não são ideias a curto prazo, como a maioria que vi. São ideias ao longo prazo. Ideias que vão trabalhar no jovem hoje para que ele seja um cidadão mais ativo socialmente no futuro. É importante trabalhar os outros temas, e os temas podem ser trabalhados de forma paralela. Para isso temos as comissões do congresso. O fato de termos uma pessoa defendendo games e educação não cancela outra pessoa trabalhando com segurança e outra trabalhando com saúde.
E, lembrando a todos, estes assuntos passam pelas mãos de todos, e depois são votados por todos, então não são esquecidos.

O que acontece é que as áreas que eu tenho melhor conhecimento são relacionadas à cultura e a educação. Eu não conseguiria propor leis na área da saúde ou segurança com tanta habilidade como farei nestas que normalmente falo.
Mas tenho inteligência suficiente para estudar uma pauta de outro deputado caso chegue na minha mão. O processo funciona assim e é por isso que o deputado fica com o projeto de lei em mãos por um tempo, para que ele estude sobre o assunto e peça auxílio a especialistas de confiança quando necessário.

Banner de campanha com graça alusiva a anime

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P’n’B – Sua proposta também fala sobre a desoneração do comércio de games, mas não apresenta detalhes substanciais sobre o fomento à produção e consolidação do desenvolvimento nacional para jogos, o que leva à ideia de que melhorar condições para fabricantes de consoles e mercado de jogos AAA é mais importante do que estruturar nossa mão de obra. Qual a sua posição efetiva a respeito?
EA – Minhas propostas irão naturalmente inspirar pessoas de talento e também irão criar uma demanda por si só. A ideia que falei na segunda pergunta por si só já gera uma demanda de profissionais muito grande. Não podemos focar a economia brasileira única e exclusivamente em bens tangíveis. Temos uma população de desenvolvedores (e aqui insiro todas as profissões que são envolvidas no processo de produção do jogo) muito criativa no nosso país que é completamente capaz de trabalhar no impulso para girar o círculo produtivo.

É um círculo produtivo muito benéfico que vai crescendo mais e mais. O sistema de educação usa o game como ferramenta e como inspiração e o cidadão que não dava atenção ao game passa a dar, isso gera a demanda da empresa de games que contrata mais profissionais. Gera-se então a demanda do profissional de games que incentiva a abertura de cursos especializados. Para haver o curso necessita-se de profissionais da área para lecionar. Por fim, temos toda uma economia do videogame circulando com um influxo de participantes por causa do crescimento natural.

E como comentei um de meus vídeos, podemos prover respaldo nacional para leis estaduais e municipais de incentivo fiscal às produtoras de jogos, da mesma forma que aconteceu, e deu muito retorno positivo, no Canadá em cidades como Montreal e Vancouver.

P’n’B – A ministra da Cultura proferiu a infeliz opinião que sugere que Games não são Cultura. Qual a sua opinião a respeito e, caso discorde  da visão da ministra, como mudar essa mentalidade?
EA – Acredito que até o momento está bem claro que discordo da ministra. Ela chegou na Campus Party, evento que costumo participar, a voltar no assunto e dizer que games eram cultura, depois do barulhinho que fez na internet, mas aí todos já sabiam a opinião original dela. Gostaria de acreditar que depois de ser criticada, ela foi estudar o assunto e realmente viu que estava errada.

O videogame sofre de preconceito desde sempre, mas eu já vejo isso mudando. Acredito que seja uma questão de nós, a geração mais velha a gostar de games, nos tornarmos a geração mais velha na sociedade. As gerações que vieram depois já veem o videogame como algo cultural e natural. O futebol inclusive não era esporte pro povo. Era esporte da elite branca. É um paralelo interessante com o videogame, se nos aprofundarmos mais.

P’n’B – Como um congressista pode, sozinho, levar propostas tão essenciais e fora do consenso raso da política nacional ao centro das discussões e, mais que isso, convencer bancadas que Games são um tema importante para todos?
EA – Uma das maneiras é apresentar tudo isso que mencionei até agora em uma forma mais detalhada, com dados sólidos e bem pesquisados, demonstrando que o país tem potencial de crescimento econômico e social com estas medidas. Obviamente estou falando também de reuniões e discussões que são pertinentes ao congresso. Gostaria de lembrar que o material que produzi para a campanha foi focado em dar uma visão geral ao eleitor de modo que ele não passe horas lendo minhas propostas no detalhe.

Nós temos alguns números. A NewZoo mesmo prevê que até o final deste ano a economia Brasileira seja movimentada em mais de 1,3 bilhões de dólares, nos colocando na 11ª posição mundial. Um relatório do BNDES deste ano indica que até o final do ano podemos chegar em 3 bilhões de dólares. Esses valores já são um grande incentivo para se pensar no assunto. Em uma pesquisa mais antiga, de 2012 do Ibope, aponta pelo menos 61 milhões de gamers no Brasil, que também está mencionada neste estudo mais recente do BNDES. Claro que para trabalhar com melhor qualidade precisamos de uma pesquisa mais atualizada e detalhada para demonstrar o real potencial do mercado hoje. Essa pesquisa não pode ser feita com postulados feitos de forma leviana, o desenvolvedor brasileiro deve ser consultado sobre como essa pesquisa será guiada, pois é ele que vive o dia-a-dia do mercado.

Não suficiente todas estas informações, sabemos que o desenvolvedor brasileiro é onerado, como toda empresa, com um sistema desnecessariamente burocrático no que tange a criação e manutenção de uma empresa, incluindo, mas não se limitando a, impostos e encargos trabalhistas dos funcionários. Posso citar também a burocracia do sistema de registro de propriedade intelectual, que já está datado e envolve você mandar o material fisicamente para um escritório no Rio de Janeiro. Como o desenvolvedor vai trabalhar com sua propriedade que evolui constantemente durante um projeto se o registro é lento?

Cito também um evento recente, como o SP Game Jam que reuniu 300 desenvolvedores em uma maratona de 48h para a produção de jogos. Esse tipo de evento demonstra claramente a importância desse mercado criativo. Basta visitar o website deles e ver a seção de patrocinadores. São empresas de peso que estão falando para o mundo que devemos investir nesta mídia. O desenvolvedor brasileiro é muito engajado, pois este não é o primeiro GameJam e nem será o último.

Mais um exemplo que gostaria de citar é o SBGames, o Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital que este ano acontece em novembro em Porto Alegre. É um evento que foca muito na troca de ideias e conhecimentos entre desenvolvedores. Lá encontramos uma variedade muito grande de materiais como estudos, mestrados e doutorados na área de games. A importância é tão clara que o evento recebe a visita de nomes internacionais respeitados para debates.

Algo que me chamou a atenção é que o evento terá uma seção exclusiva para jogos voltados às crianças em idade escolar, que anda junto com a proposta em educação que eu sempre falo.
Outra maneira seria se eu conseguisse uma votação expressiva. Minha campanha é basicamente feita por mim mesmo, de casa no meu computador com orçamento zero. A partir do momento em que um deputado se elege sem custo apenas por causa de um ideal, a nação volta os olhos a este ideal.

O candidato em gravação de vídeo

O candidato em gravação de vídeo

P’n’B – Como está sua campanha? Quantos votos são necessários para eleger-se e quais as projeções de sua equipe até o momento?
Minha campanha começou devagar e vai bem melhor agora. Eu sou professor e me nego a receber verba de algum grupo de interesse para a campanha. Não quero ficar devendo favor. Isso nos leva ao fato de que você está conversando com minha equipe toda. Salvo uma dica ou outra de um amigo, algo normal na vida de qualquer pessoa. Eu tenho feito meu material sozinho.

Minhas produções de texto, de material gráfico e vídeo são feitas por mim no meu computador pessoal, com algum trabalho mais complexo feito por um amigo que acredita na minha ideia. Quando alguém vê uma transmissão ao vivo minha e me ouve falando com a “produção”, na verdade eu estou falando com minha esposa, minha mãe ou algum sobrinho.

A lei eleitoral permite que se imprima materiais e se distribua fisicamente na rua. Algo muito poluente e caro. O horário político dá mais tempo para os partidos que tem mais pessoas nos cargos, deixando os partidos menores sem poder expor suas ideias direito. E é proibido a propaganda paga e a propaganda em websites comerciais.
Isso dificulta muito para o candidato que quer fazer uma campanha pela internet e ele depende muito do boca-a-boca, pois ainda é permitido que o cidadão se expresse como indivíduo. Quando você fica sabendo da minha pessoa, é porque alguém no seu círculo de amigos ficou sabendo de mim.

Pelas minhas contas, 90.000 votos me garantiriam uma cadeira, falando em números conservadores. Talvez 60.000 votos sejam suficientes. Tudo depende de como todos os outros candidatos se saem no pleito. 300.000 votos seriam algo expressivo o suficiente para virar notícia e colocar o assunto na mídia.

P’n’B – Como o pretenso eleitor poderá cobrar o cumprimento de suas propostas e a efetiva realização de promessas de campanha?
É algo que menciono em quase todos os meus vídeos. Hoje eu faço pelo menos uma transmissão ao vivo semanal, que aviso em minha página e por twitter. É algo que me é fácil de fazer, pois entendo da mecânica. O que eu sempre proponho é que, se eleito, vou continuar com essa atitude, provavelmente de sexta-feira, no final do expediente.

Além disso temos o email, twitter, página no facebook, Tv Câmara (que necessita ser modernizada) e até whatsapp se for possível. É obrigação do representante do cidadão colocar-se disponível a prestar contas, ouvir ideias e responder perguntas. Tem que saber fazer o balanço entre trabalhar para o cidadão e dar o relatório deste trabalho.

Até aproveito para convidar o cidadão a ver uma sessão da TV Câmara ou da TV Senado. Até o momento que respondo a pergunta, a única maneira de assistir pela internet uma sessão, seja ela ao vivo ou gravada, é em um PC Windows com Internet Explorer e Windows Media Player, pois o protocolo de stream só é suportado desta maneira. Vivemos em uma época em que não só temos uma pluralidade de sistemas operacionais como também uma pluralidade de hardware. Muitas pessoas não têm acesso a um computador de forma fácil, e utiliza o tablet ou o celular para se conectar.

Eu vejo isso pessoalmente na escola em que leciono. Para muitos alunos meus é economicamente mais viável ter um tablet android mais simples e utilizar o wi-fi da escola do que ter um PC em casa, onde às vezes nem internet chega. Por que então, o governo que deve se preocupar em ser transparente com o cidadão não se atualiza com uma stream em h264 e AAC, por exemplo?

P’n’B – Com os protestos de 2013 e as evoluções das campanhas nas esferas estadual e nacional, como você vê a sensibilidade e as expectativas do eleitorado nesse momento?
EA – Eu senti que as pessoas estão cada vez mais descrentes da política. É aquela sensação de votar no menos pior. Quando me apresento como candidato, a primeira coisa que vejo é um olhar negativo, como se eu fosse uma pessoa ruim. Fica difícil a abertura com o cidadão pois ele, devido ao histórico político do país, já está com um pé atrás, independente de eu ser bem intencionado.

Outro fenômeno que vi, é que uma parcela menor, porém já expressiva, quer ver aquele exato assunto do seu interesse na propaganda do candidato. Se estiver faltando um tema que ela acha de importância, o voto já está perdido porque a pessoa não acredita mais que o candidato quer ouvir a opinião do cidadão. Parece loucura o que eu estou dizendo, mas como cidadãos fomos decepcionados tantas vezes que nem passa mais pela cabeça do eleitor tentar conversar com o candidato. Essa mensagem eu tenho passado com muita frequência: “Tem algum assunto do seu interesse que eu não falei? Mande sua pergunta e nós conversamos sobre ele. Isso também é democracia”.

Temos que lembrar que o político não é eleito para ter total poder de decisão durante quatro anos. O cidadão também é parte do processo e o político tem o dever de ouvi-lo e considerar suas opiniões e preocupações. Também é dever moral do cidadão se inteirar sobre o que acontece no seu mundo à volta.

Os protestos surgem por causa deste fenômeno. O político parou de ouvir o cidadão e uma hora a situação ficou insustentável. Mesmo assim, fico feliz com o cidadão que está lendo esta matéria nesse momento, pois ele faz parte da parcela que está preocupada e agora sabe que há um candidato que está disposto a conversar bastante e aprender mais ainda porque isso não passa de obrigação.

P’n’B – Qual é o perfil de seu eleitor potencial?
É o cidadão que hoje tem até 35 anos e possui um bom grau de instrução. Ele é um entusiasta de games e os vê como a arte que são, essa mescla de literatura, narrativa, teatro, cinema, música, ciências e muito mais, juntos por uma programação que visa ser tão elegante e detalhada quanto qualquer outra arte. é uma pessoa que está frustrada com o atual cenário de política em que o político é extremista e está mais preocupado em apontar as falhas e o erro dos outros do que gerar sinergia para a solução de problemas.

É uma pessoa bem intencionada, que quer ver sua felicidade e a felicidade dos seus semelhantes. Ele enxerga que soluções a curto prazo também duram por pouco tempo. Talvez ele não concorde 100% com o que eu falo, mas ele sabe que eu estou disposto a colocar assuntos em pauta e discutir educadamente. Aquele que votar em mim sabe que estará votando em uma pessoa que cada dia aprende mais e mais, assim como ela.

P’n’B – Gostaria de acrescentar alguma coisa?
Obrigado pela grande oportunidade de poder me expressar em meio a membros da indústria e imprensa.
Convido todos a visitarem minha página e apreciarem o meu material. Me ponho a disposição para o diálogo com o eleitor durante toda minha campanha. Acredito ser uma opção viável, não só pelas propostas que apresentei mas pela minha disposição em ouvir o cidadão nos assuntos que lhes são de interesse, o que me permite aprender cada vez mais sobre diversos assuntos.

E gostaria também de lembrar, que o engajamento do eleitor em compartilhar meu material para campanha é imprescindível para que ele seja de sucesso, visto que é totalmente baseada na internet que é tão limitada pela lei eleitoral.

Para conhecer o candidato e sua plataforma sobre educação e games como indústria nacional e cultura, acesse o site do candidato http://www.eddyantonini.com.br/, a página oficial da candidatura no Facebook, em https://www.facebook.com/EddyAntoniniOficial ou os vídeos de YouTube em http://www.youtube.com/channel/UCIQ-5-XqeVJQzPHdIgILuHg e o canal de Twitter http://twitter.com/EddyAntonini.

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