5 motivos para votar em um candidato Gamer ao Congresso Nacional

Recentemente, o Play’n’Biz encontrou Eddy Antonini, um candidato a Deputado Federal ostentando a bandeira do Games, com diversas propostas para o setor, entre estímulos à produtividade nacional, educação com ferramentas lúdicas de jogos digitais e queda dos impostos para os games. Esta semana, conversamos novamente com o candidato para conhecer melhor alguns pontos de sua plataforma, que podem esclarecer o potencial eleitor, tão sem opções de qualidade no pleito ao Congresso. Foram questionadas as posições de Eddy Antonini em aspectos como a consolidação do sentimento de cidadania possível de ser estabelecida para a sociedade através de um mandato como representante no Planalto, as propostas de educação com Games no âmbito escolar, a representatividade efetiva das ideias e anseios do eleitor, que ele poderá sentir ao longo da atuação na Câmara, a realização de uma pauta consistente de Cultura de Games como um fenômeno nacional e os meios pretendidos para eliminar o preconceito ainda vigente com o público feminino na esfera gamer, tanto na utilização dos jogos quanto na indústria criativa de entretenimento digital. Longe de configurar um apoio incondicional à candidatura do professor de Itapeva ou uma estratégia de campanha, o artigo tem o objetivo único de oferecer espaço para reflexões sobre a importância ou não da linguagem dos games na política nacional e a efetiva participação do entusiasta dessa cultura como cidadão e eleitor.

Leia abaixo as respostas do candidato e tire suas conclusões.

Cidadania
Os games, assim como filmes e livros, por exemplo, são um excelente vetor de conhecimento e experiências. Isso quer dizer que ao jogar, o gamer vivencia experiências que serão absorvidas de várias formas por sua mente. Ele vai observar a narrativa do jogo e acompanhar a história que se passa com um fator potencializador que as outras mídias normalmente não têm, a interatividade. A mídia interativa, com o protagonismo do usuário, é muito mais eficiente em passar uma mensagem do que uma mídia mais passiva pois a pessoa se envolve mais na história e na experiência por fazer parte dela.
Isto posto, podemos começar com essa interatividade na escola, onde o aluno poderá escolher qual é a melhor didática que se aplica à sua maneira de pensar e raciocinar. Cada pessoa tem um conjunto de inteligências mais desenvolvido que outro. Por exemplo, temos pessoas que aprendem de forma mais visual, com base em imagens enquanto que outras pessoas retêm conhecimento de forma mais adequada ouvindo ou lendo.
Além disso, podemos trabalhar com jogos em sua maneira mais tradicional, criando experiências que a pessoa irá vivenciar de forma ativa. Por exemplo em um jogo como SimCity, a pessoa pode entender a dinâmica do gerenciamento de uma cidade. Claro que é uma forma simples e lúdica de tratar o assunto, mas a experiência que ele terá vendo que há um orçamento que não pode estourar e problemas diversos que ocorrem numa gestão, fará com que ele entenda a complexidade do trabalho de um governante e poderá até levá-lo a ser mais ativo em sugestões para a comunidade.
Os jogos que têm essa simulação de situações reais em nosso cotidiano, principalmente os de gerenciamento, ou jogos com uma história dotada de temas sociais como parte do drama, auxiliam o cidadão a entender melhor a sociedade em que ele vive, levando-o a pensar nas consequências de suas ações.

Educação com Games
O Deputado Federal é o representante direto do cidadão nos assuntos que se referem ao país todo. Além de ser o responsável pela confecção e aprovação de leis, ele é a pessoa com a qual o cidadão tem o direito de falar diretamente sobre seus interesses governamentais. Ou seja, o Deputado Federal tem o poder, concedido pelo povo, de falar em nome da população.
Com este poder, é o Deputado Federal que entra em contato com agências do Governo, como o Ministério da Educação, o Ministério da Cultura e o Ministério dos Esportes, por exemplo.
Desta forma ele leva a proposta de educação com games para estes setores na forma das comissões. Uma comissão, pondo de uma forma simples, é um agrupamento de deputados e funcionários do governo que se reúnem frequentemente para discutir uma determinada pauta. Podemos montar, por exemplo, uma comissão de modernização da educação, onde será discutido, com a presença do cidadão também, a maneira ideal de melhorar a educação com uso de games e outras tecnologias. Esta comissão inclusive tem o poder de convidar pessoas com conhecimento e estudo na área para tratar da efetividade da ideia.

Representação junto ao Governo
O simples fato de ser gamer não quer dizer que um candidato irá devidamente representar o cidadão gamer. O que garante a representatividade efetiva são as propostas do candidato e a transparência oferecida pelo mesmo.
No meu caso, podemos ver, por exemplo, que minhas propostas são focadas em uma melhoria da educação com o uso da ludificação e protagonismo característicos dos games. Para que isso aconteça nosso mercado deverá ser fortificado e apresento propostas a isso na forma de fomentação do mercado nacional e uma tributação adequada aos jogos. Além disso, a representatividade deve ser baseada em informações dadas por aqueles que você deseja representar. Por isso que foco tanto em conversas ao vivo com o cidadão e respostas rápidas e detalhas em redes sociais.
Com a comunicação, o eleitor se sente seguro de que a pessoa que está se propondo a representa-lo irá fazê-lo, pois sabe que, caso veja que o representante não esteja de acordo com sua expectativa, poderá contatá-lo de forma fácil, gerando um diálogo que chegará em uma solução de comum acordo. Volto a dizer: o Deputado Federal tem a obrigação de se pôr disponível para conversar com o cidadão.

Cultura de Games
Os games serão inseridos na cultura do país com muito diálogo com as várias esferas políticas do Governo e com o cidadão. Os gamers são um terço de toda a população do Brasil (IBGE), e movimentarão até o fim deste ano mais de 1,4 bilhões de dólares (3,4 bilhões de Reais) no país (Newzoo). Esse é um grande indicativo que, sim, o vídeo game é parte de nossa cultura e não tem mais volta. Em comparação, o mercado fonográfico brasileiro, na venda de músicas, está na casa dos 400 milhões de Reais (ABPD) ou seja, é pouco mais que 10% do mercado de games.
Devemos não só inserir a ludificação na escola, nem apenas promover o eSport de forma reconhecida, mas também temos que apoiar o desenvolvedor nacional que é extremamente competente e criativo. É ele que vai mostrar, com nossas raízes culturais o quanto que o mercado tem a oferecer como forma de cultura. É claro que uma forma de cultura não cancela a outra, visto que um game não se resume apenas à interatividade, mas conta com diversos profissionais como roteiristas, redatores, músicos, designers e muitos outros.

Redução da discriminação da mulher no ambiente de Games
Reduziremos o problema confeccionando leis que impeçam a discriminação da mulher, seja no cenário competitivo ou na produção. Além disso, nós como sociedade, devemos trabalhar ativamente para que a discriminação para com as mulheres seja uma história do passado. Podemos promover campanhas contra discriminação e além disso desenvolver materiais que eduquem todos os cidadãos a identificarem o comportamento inadequado desde o início. Não adianta uma política punitiva se a mesma não for complementada com uma política educativa de base. Então entramos novamente no assunto do videogame na escola. Ensinar o cidadão desde jovem que a igualdade entre homens e mulheres é algo que deve ser respeitado à risca, não por medo da punição, mas porque se é o certo a fazer.
O universo eSportivo é muito propício para um debate sobre igualdade de gêneros pois todas as competições pedem um desempenho que não são relacionados à formação fisiológica que diferencia o homem da mulher, então ambos os sexos podem disputar a mesma competição no mesmo nível.
Infelizmente estamos falando de um assunto que não acontece apenas no universo dos games, e sim em toda nossa sociedade, então estas políticas de igualdade devem ser tratadas em muitas outras esferas. E nós gamers faremos nossa parte toda vez que tratarmos ambos os sexos de forma igual e sem preconceitos.

Se as ideias e propostas do candidato jogador estão em harmonia com suas expectativas, considere avaliar com atenção o conjunto de intenções do professor Eddy diretamente no site de sua campanha, em http://www.eddyantonini.com.br/.

Eddy Campanha

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